Mauro da Nóbrega

terça-feira, 19 de abril de 2016

Cordel - O Político e a fome de poder

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O POLÍTICO E A  FOME DE PODER
Autor: Mauro da Nóbrega

Não sei como começar
Pois tanto quero dizer
Este assunto é tão extenso
Que é capaz de eu me perder
Mas vou ser bem definido
Para você me entender

De quatro em quatro anos
É tempo de eleição
Então vou fazer um pedido
Pra todo bom cidadão
Não vote em político corrupto
Não dê o seu voto em vão

É um tal de mensalão
E sanguessuga no poder
E o povo na miséria
Sem ter pão para comer
Aquele que ainda não é corrupto
Está doidinho pra se vender

È CPI pra todo lado
Mas pra vergonha da Nação
Tudo se transforma em pizza
Ninguém recebe punição
Quando descobrem os culpados
Abafa-se a situação

O Congresso Nacional
Campeão de corrupção
É  igual pau de galinheiro
É um mar de decepção
Um covil de pernilongos
Sugando o sangue da nação

Quando é tempo de eleição
Promessas são renovadas
Mas quando passa a votação
A história é recontada
Ninguém cumpre o que diz
E o povo fica sem nada

Uns saem de casa em casa
Aproveitando a situação
Em que vive o nosso povo
A mercê de um pouco de pão
Prometem emprego e comida
Para ganhar a eleição

Mas amigo eu lhe peço
Não confie neles não
Eles prometem o que não tem
Ilude o bom cidadão
Melhora a vida deles próprios
E deixa o povo na mão

Político que sobe em palanque
Para xingar  adversário
É um homem sem propostas
Um doido desesperado
De político desse jeito
O povo já está cansado

Político que compra voto
É corrupto declarado
Pois quando  ganha a eleição
O dinheiro é desviado
Pára pagar sua campanha
E melhorar o seu lado

Compra casa, gado e fazenda.
Melhora de situação
Compra carro pra mulher
Compra até avião
O que esse político quer
É melhorar de condição

Enquanto ele come filé
O povo rói a ossada
Ele mora em uma mansão
O pobre em casa de palha
Ainda se diz defensor
Da classe desamparada

Aqui já teve político
Preocupado com a dentição
Com um saco de dentadura
Distribuiu de montão
E disse aqui nesta terra
Banguelo não fica não

Enfia a mão no saco
Experimentava senhora
Se servir pode levar
Aproveite e só agora
Pois dentadura de graça
Não se acha toda hora

Mas como nada é eterno
Aqui nesse nosso chão
A vida política deles
Termina por suas próprias mãos
O ruim por si só destrói
Eu já ouvi esta lição

Pra você que é político
Um pedido eu vou fazer
Não faça da miséria do povo
Degrau para subir ao poder
Pois quem sobe muito rápido
Rápido costuma descer


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